TRABALHO, ESTUDO E LAZER
TRABALHO,
ESTUDO E LAZER
LUIZ HENRIQUE MICHELATO
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Uma
sociedade evoluída necessita de um tripé que podemos definir com: Trabalho,
Estudo e Lazer. O Trabalho é o fundamento principal que move a
sociedade há milhares de anos e serviu imensuravelmente para nossa evolução
enquanto seres humanos, comunidade e mundo globalizado, que não significa
necessariamente ser “’civilizado”, considerando os inúmeros problemas que ainda
não conseguimos resolver, seja por esforço individual e/ou coletivo que se
complementam e podem impactar negativamente ou positivamente na vida das
pessoas e do planeta terra.
O Estudo serve para dar o embasamento necessário para que a sociedade estabeleça limites éticos que podem proporcionar harmonia e bem-estar social, se desenvolvendo enquanto ciência e pesquisa acadêmica e profissional que deve priorizar sempre a justiça e a democracia. O Lazer serve para as pessoas terem momentos importantes e prazerosos em suas vidas, considerando questões comportamentais e que envolvem a saúde mental de cada indivíduo, contrastando com uma realidade que não deve somente se basear no trabalho e/ou no estudo/pesquisa, mas que também deve proporcionar momentos de lazer para que as pessoas possam viver com saúde e qualidade de vida. Assim sendo, o lazer pode amenizar as “dores do mundo”.
Desta maneira, é possível construir uma sociedade e um mundo mais justo socialmente, considerando as necessidades e capacidades que devem abranger o bom senso e a racionalidade humana, evitando naturalizar a pobreza e as questões sociais que são construídas estruturalmente. Para que isso aconteça, é necessário que existam parcerias entre o setor público, privado e a comunidade, compostas por pessoas que se preocupam em resolver as questões locais e posteriormente em outras instâncias que sejam possíveis de serem alcançadas.
É importante que se fortaleça e se construa as associações de bairros e o reconhecimento de lideranças locais para que as demandas mais latentes da população sejam atendidas, oferecendo serviços que condizem com a realidade e com o território que necessita de ações eficazes e que propiciem a resolução de problemas, propondo autonomia e emancipação para população. Precisamos compreender que é devastador a permanência desta forma de sociedade que se configura, segundo Orwell (2007, p. 113) “Os animais são explorados pelos homens de modo muito semelhante à maneira como o proletariado é explorado pelos ricos”.
Os problemas precisam ser resolvidos com responsabilidade, ética e compromisso social, avaliando o processo de renovação e reprodução da ciência, da arte e da literatura que devem ressignificar os conceitos e abordagens que possam propor soluções para os problemas e as dificuldades humanas e naturais. A efervescência do momento pode culminar em retrocessos ou avanços, necessitando que haja constante investigação científica no tocante ao atendimento às demandas da população. É preciso examinar numerosos materiais bibliográficos, à procura de alternativas e estratégias que possam contribuir para o desenvolvimento do povo. O espírito do capitalismo merece uma permanente e profunda análise, compreendendo seu espírito tradicionalista que percorre suas contradições, “a revolução que vem levando ao fim o velho tradicionalismo ainda está em pleno curso” conforme observa Weber (2013, p. 67).
Torna-se imprescindível realizar os comparativos entre os dados estatísticos e demográficos, avaliando o ciclo de globalização do capitalismo e o novo ciclo de urbanização do mundo, conforme indica Ianni (2004). É fundamental compreender a relação entre globalização, urbanização e violência urbana, considerando o inchaço populacional e a complexidade que abrange estas questões sociais, econômicas e políticas, por meio de suas diversidades e desigualdades que se desdobram no território e ocorrem através das acomodações e tensões desencadeadas ao longo da história.
REFERÊNCIAS
IANNI, O. Capitalismo, violência e terrorismo. Rio de Janeiro: Civilização Brasileira, 2004.
ORWELL, G. A revolução dos bichos: um conto de fadas. 65ª reimpressão. São Paulo: Companhia das Letras, 2007.
WEBER, M. A ética protestante e o espírito do capitalismo. São Paulo: Martin Claret, 2013.
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