O “Menos Pior” Não Convence
LUIZ HENRIQUE MICHELATO
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Explicar a política-partidária em sua estrutura e conjuntura remete a algo que inclui poder e dinheiro. O poder que a classe dominante exerce através de seu “dinheiro roubado/usurpado/espoliado” de maneira leviana por meio da mais-valia e pela exploração do trabalhador, implica na perpetuação de um “sistema falido” do ponto de vista humano, social, moral e ético. Poder significa mandar e desmandar de forma irresponsável e antiética e não responder por isso, ou seja, corresponde ao cometimento de atos inconsequentes e irracionais que refletem em um total desequilíbrio ambiental e orgânico. Desta forma, estas pessoas cometem crimes contra a humanidade e literalmente não pagam pelo mal que fazem. Grande parte dos políticos brasileiros defendem políticas que irão beneficiar à classe que os financia. Sim! Parece óbvio, mas a maior parte da população não entende e não sabe fazer análise de conjuntura e isso explica o desrespeito à ciência. O “caçador de marajás” foi um mito criado para enganar a população, utilizando-se da mídia de massa que te faz acreditar em inverdades. Atualmente temos as redes sociais para difundir tais injúrias e posições arbitrárias à construção do Estado Democrático de Direito e a justiça social.
A “era
FHC” representou a regressão do trabalho, alinhada ao Consenso de Washington
que determinou os valores do mercado superiores à racionalidade humana em
defesa do bem-estar social e dos recursos naturais. O Brasil vem sendo dominado
pelo neoliberalismo há décadas, conforme indica Pochmann (2002). Seu ideário
nos concede desemprego, informalidade, precarização, violência, criminalidade e
falta de acesso aos serviços sociais básicos que impedem a geração de
oportunidades e o desenvolvimento humano. Os caminhos tomados mostram que boa
parte dos problemas da população não foram resolvidos, permanecendo a ótica
individualista, consumista e egocêntrica de se viver.
O regime democrático-liberal no Brasil, permitiu o surgimento de determinadas aberrações, “o PT precisou deixar de ser petista”, fazendo menção à expressão de Arcary (2011), ao se afastar de movimentos populares e trabalhistas, em contraponto a sua “abertura de pernas” para as elites nacionais e internacionais que atuam em defesa de seus variados patrimônios. De acordo com dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) (2022) o Brasil possui PIB per capita (por pessoa) superior à 47 mil reais, no entanto, temos um salário-mínimo de 1412 reais. E a pergunta que não quer calar: Onde estão os mais de 45 mil reais faltantes? Concentrados nas mãos dos milionários e bilionários que atualmente somam cerca de 60 pessoas, segundo informações do UOL (2024). Deste montante, pouco é destinado em serviços públicos essenciais para população, embora seja útil para alimentar a vida fútil e desprezível que leva essa minoria populacional que parece dar pouca importância para os problemas sociais. Nenhum destes bilionários saíram da favela e venceram na vida, todos são herdeiros e aplicam sua elevada “grana” em capital financeiro/especulativo que não gera trabalho para o povo, muito pelo contrário, somente propicia caos e insegurança à nação. Neste sentido, é preciso desconcentrar esta renda para que seja investido em políticas públicas e sociais que possam construir uma sociedade justa e democrática, por meio de uma proposta de oportunidades para população. E eu já “tô” cansado de falar isso. Confira os dados e informações nas imagens a seguir e se possível pense e reflita:
IBGE (2024).
A discussão sobre os fins e os meios que levam a frequente desmoralização da política, atravessa a forma como a burguesia consegue conquistar territórios diversificados. O apoio aos bancos é algo indelével nas “trincheiras" da humanidade, representando uma lógica cruel e opressora contra os trabalhadores que produzem a riqueza social. É preciso mensurar os prós e os contras deste processo árduo e mitigador que opera através de sistemas de informação e gerenciamento de dados.
UOL (2024).
O
governo Bolsonaro prometeu e não cumpriu, atendendo somente aos interesses
espúrios de seus mandatários e seguidores fanáticos e idólatras, tentando
convencer a população que é necessário ter arma de fogo para matar outras
pessoas, como uma “pseudoforma” de se defender, mentindo e desinformando a
população através de medidas imediatistas ao omitir maneiras sérias,
inteligentes e concretas de se resolver os problemas do povo.
O
governo Bolsonaro proporcionou uma espécie de “esquizofrenia coletiva”, completamente
desmedida ao ressaltar o discurso “deus, pátria, família e liberdade”, embora
conscientemente não seja temente à “deus” ao estimular o ódio na sociedade, mesmo
que seu discurso insolente e desonesto seja levado à público pelos “falsos
profetas” que são adeptos da “igreja só o seu dinheiro é meu”, servindo
perfeitamente para doutrinar e manipular o “gado” ao comprar votos e destruir o
país. Também ignorando sua pátria ao aumentar a pobreza e a
extrema-pobreza, concomitantemente “abrindo as pernas” para o neoliberalismo
com resquícios “fascistóides”. Esta “seita” e este “verme” defende uma forma de
família nuclear (papai, mamãe e filhinhos) que nunca seguiu, pois, este
“líder leviatã” teve vários filhos com várias mulheres, caindo numa redoma de
contradição intransponível e irrefutável ao naturalizar/criminalizar a pobreza
e as mais diversas formas de composição familiar que a ciência comprova, entretanto
os “asnos” insistem em “relinchar” ao defender o indefensável de uma maneira
colossalmente "burra" e esdrúxula.
Finalizando
com o discurso mentiroso de liberdade que é definida de acordo com o
poder aquisitivo de cada cidadão, uma vez que a liberdade no capitalismo é
determinada de acordo com seu poder de consumo e de ser explorado pelo capital
ou ter a sorte de nascer herdeiro e não precisar ter carteira assinada para
sustentar sua própria família, ou ainda, acreditar na falácia do
empreendedorismo, merecendo indubitavelmente ser desmascarado diante da
corrosão que cometeu contra o Brasil e a humanidade. Esta “ideologia do capeta”
se apresentou com o discurso antipolítica e fez pior do que seus antecessores
ao contaminar o povo com seu ódio de classe parasitária deísta/cristã/neopentecostal/anticiência
e arte. É o tal do “zé povinho” que se “jogar uma carteira de trabalho sai
correndo”, embora elaborem o discurso de que quem trabalha não gosta de
trabalhar. E viva esta “cambada de vagabundo” que nunca trabalhou na vida, porém
quer viver do trabalho alheio.
A narrativa desequilibrada e irracional sempre acompanhou Bolsonaro “bozo-boçalnaro” durante sua estranha, polêmica e enfadonha trajetória política, enriquecendo através dos cofres públicos e pelo “suor do trabalhador”. Segundo Bugalho (2020, p. 155) “não seria a classe política que corrompe o sistema, mas um sistema excludente que corrompe as pessoas”. Seu discurso transcende as barreiras do bom senso ao enfatizar sua “especialidade em matar”, tomando conta do Brasil por meio da influência norte-americana trumpista/racista/bélica/elitizada/xenofóbica/ultranacionalista/capitalista/neoliberal/destrutiva e "inimiga da humanidade". Bolsonaro é “filhote da ditadura militar”, pois, sabe como desfrutar de seus privilégios que usufrui às custas do povo trabalhador, cumprindo seu papel enquanto político “cérebro de toucinho” que é bancado pela burguesia “podre e parasitária”.
REFERÊNCIAS
ARCARY, V.
Um reformismo quase sem reformas: Uma crítica marxista do governo Lula em
defesa da revolução brasileira. São Paulo: Editora Instituto José Luís e
Rosa Sundermann, 2011.
BRASIL. Instituto
Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). https://www.ibge.gov.br/indicadores#variacao-do-pib. 2024.
BUGALHO,
H. Minha especialidade é matar: Como o bolsonarismo tomou conta do Brasil.
Curitiba: Kotter Editorial, 2020.
JORNALISTAS
LIVRES. https://jornalistaslivres.org/deformacao-da-consciencia-no-sistema-do-capital/. 2024.
POCHMANN,
M; BORGES, A. “Era FHC”: A regressão do trabalho. São Paulo: Anita
Garibaldi, 2002.
UOL. https://economia.uol.com.br/noticias/redacao/2024/12/09/brasil-ganhou-19-bilionarios-em-2024-total-e-de-60.htm. 2024.
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