“BOÇALNARISMO”, MARÇALISMO E A DECADÊNCIA DA POLÍTICA

 

 

“BOÇALNARISMO”, MARÇALISMO E A DECADÊNCIA DA POLÍTICA

 

Luiz Henrique Michelato

Assistente Social e Professor

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Jandaia do Sul, PR, Brasil

05 de setembro de 2024

 

As eleições municipais se aproximam e o debate político se fortalece, variando entre menções honrosas e deturpações da realidade. Nos últimos anos temos vivido sobre a égide do aclamado “boçalnarismo” marçalismo e uma polarização e ódio de classe que surpreende, sobretudo, os explorados pelo capital que ainda não entenderam o funcionamento deste irracional sistema. O ‘boçalnarismo/marçalismo’ podem ser tratados como movimentos que representam uma evidente decadência da política partidária brasileira, fortemente influenciada pela cultura estadunidense.

O discurso de ódio contra as mais variadas pessoas e tipos de gente, tem apresentado um discurso político que representa uma caricatura piorada de um capitalismo/neoliberalismo/neofascismo que enaltece o lucro da indústria bélica e de um consumismo de armas de fogo para “se defender” de algo que foi causado e proposto pela classe dominante, utilizando-se de mentiras, propagandas e um marketing ferrenho para que acreditemos nessas falácias. A ‘lacrolândia’ prevalece no aparato ideológico destes influenciadores/coach que se reconstroem através da mentira e dos privilégios de classe para enganar a população.

Candidatos sem um mínimo de formação acadêmica, profissional e humana, desprovidos de caráter e embrutecidos com informações falsas e teorias conspiratórias, estão ‘a todo vapor’ atuando para conquistar votos do eleitorado, utilizando-se dos mais variados mecanismos disponíveis. As redes sociais são essenciais neste processo, considerando seu alcance em todas as camadas sociais. O discurso antipolítica/político-partidária, na verdade favorece o surgimento de vários sentimentos e emoções na população, que mesmo se sentindo usada, ainda cumpre tarefas importantes para os candidatos ao pleito que ficarão por quatro, oito, doze ou até mais anos fazendo carreira política-partidária, sugando nossos ‘sagrados’ impostos que servirão para manter seus ‘privilégios’.

Essa forma fracassada de política é péssima para a maior parte da população, que sofrerá com os mínimos sociais ou talvez até menos que isso, tendo que sobreviver em locais insalubres, com desemprego crônico e inerente ao modo de produção capitalista neoliberal, adotando e reproduzindo o velho discurso de que “sempre foi assim e nunca vai mudar”, se desencorajando diante das necessidades de sua própria classe, que deve superar tal condição miserável que é imposta pela burguesia.

Este é o boçalnarismo/marçalismo que se desdobra em nossa sociedade, reforçando seu caráter ‘fascistóide’ de procrastinação e protuberância, que se utiliza de um discurso ofensivo contra pessoas que trabalham e estudam para melhorar o mundo e de alguma forma poder contribuir com a crucial transformação social. Tal espectro se revela por meio do empreendedorismo/coach, que se fundamenta no ‘ideal de homem bem sucedido’ que engana a população com informações falsas e providas de desonestidade intelectual.

Podemos citar grandes nomes e renomados políticos atuantes na história brasileira, como o grande Florestan Fernandes, Darcy Ribeiro, Fernando Henrique Cardoso (FHC), Itamar Franco, Leonel Brizola, Luiza Erundina, entre outros grandes estadistas, que desenvolviam um debate político onde havia conceitos e presença marcante de oratória, pautada em pressupostos técnico-científico, cultural-ideológico, filosófico-histórico, conceitual e processual, observando as necessidades do população oprimida pelo capital.

 

REFERÊNCIAS

 

BLOG ESCRITOR LIBERTÁRIO. https://luizhenriquemichelato.blogspot.com/. 05 set. 2024.