MÚSICA É ARTE
MÚSICA É
ARTE
Luiz
Henrique Michelato
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https://luizhenriquemichelato.blogspot.com/
Jandaia
do Sul, PR, Brasil
05
de agosto de 2024
O que dizer sobre o cenário artístico, cultural
e musical? Qual música ‘tá’ tocando no/a rádio? O que diferencia música ruim de
música boa? Letra, conteúdo, vibração, poesia, sintonia, instrumental, arranjo,
groove, balanço, voz e melodia, são fundamentais para que uma música seja boa,
avaliando vários aspectos pertinentes a produção musical, como fatores
externos, interrupções, aparelhagem, profissionais, composição, entre outros
fatores importantes durante o processo de execução de um trabalho.
Por que algumas pessoas dizem que as músicas
que tocavam em sua juventude eram as melhores? Existem músicas para as faixas
etárias? Além do gênero musical, é possível enxergar outras questões num
conteúdo musical? Música regional, funk, sertanejo, rock, pop, MPB, jazz,
blues, samba, pagode, 'vanerão', música clássica, reggae, rap, hip-hop, música
eletrônica, entre tantos outros gêneros e subgêneros musicais.
No Brasil atual, umas das músicas mais tocadas
é “Dois Tristes” da cantora Simone Mendes, perpassando uma situação de decepção
por ter casado com uma pessoa que não toma álcool quando sai de casa.
Enaltecendo estranhas ‘virtudes’ diante de determinadas circunstâncias em
ambiente público. Sim, uma música ruim pode influenciar negativamente uma
pessoa, um grupo de pessoas ou até uma multidão de pessoas, dependendo de um
determinado conteúdo vinculado em ampla escala.
Será que damos o devido valor em nossos
artistas, intelectuais, músicos, no operário que produz a complexidade da
riqueza social, que perfaz nossa vida e cotidiano, diante das necessárias
vitórias que devemos acessar. Será que as gerações passaram a vida sem conhecer
os verdadeiros músicos, artistas e intelectuais de seu país? A verdadeira arte
existe? Quem determina o que é arte? Será que algumas músicas ‘emburrecem’ o
povo? Seu conteúdo é libertador ou pertence a certos ideais?
Manter-se ‘bovinamente’ seguindo os ditames
impostos pela classe dominante é essencial neste processo, declarando o
conteúdo crítico como algo libertador e que fará as pessoas pensarem
criticamente o conteúdo alienante que é proposto. Escrever, cantar, poetizar, trabalhar,
pesquisar e conhecer a realidade é algo que pode ser prejudicial aos interesses
da burguesia, condicionando espíritos e moldando seus interesses de classe para
os trabalhadores, fazendo-os acreditar que tudo é assim mesmo e que jamais
haverá mudança desta ‘podre desordem’ que vigora há séculos na história.
Músicos, artistas, cantores, poetas, escritores e compositores do
nível de Chico Buarque, Milton Nascimento, Caetano Veloso, Celso Blues Boy,
Made in Brazil, Raul Seixas, Roberto Carlos, Beethoven, Erasmo Carlos, Angela
Ro Ro, Geraldo Vandré, Gal Costa, Gilberto Gil, Tom Jobim, Pepeu Gomes, Cely
Campelo, Os mutantes, Rita Lee, Adoniran Barbosa, Renato Russo, Tim Maia, Guilherme
Arantes, Cazuza, Elba Ramalho, O Peso, Lírio de Vidro, João Gilberto, Cassiano,
Sandra de Sá, Chico Science, Vinicius de Moraes, Gregório de Matos, Nação
Zumbi, Zé Ramalho, Amelinha, Zizi Possi, Luiz Gonzaga, Jorge Ben Jor, Geraldo
Azevedo, Lobão, Tribalistas, RPM, Alceu Valença, Titãs, Os paralamas do
sucesso, Legião Urbana, CBJR, Belchior, Racionais Mcs, Sabotage, Negra Lee, Marisa
Monte, Adriana Calcanhato, Ana Carolina, entre tantos outros profissionais que
produziram e continuam produzindo arte, seja escrita, falada, atravessada, mal
interpretada, maldita, bendita, da casa da esquina, do prédio de vários
andares, em nome da paz ou da guerra, da união entre os povos, da revolução
social, da transformação, da experiência na vida, do momento de lazer entre
mãe, pai e filhos.
O cenário pop atual quer que você ‘envenene’
sua mente e sua vida com músicas péssimas, que não te faça pensar, para que
continue embrutecido e ignóbil diante da totalidade social. Para que continue
consumindo, escravizado pelo ‘podre’ sistema capitalista, viciado no senso
comum e desprovido de respeito pelas instituições democráticas e do bom senso
imprescindíveis em sociedade. ‘Sertanojo corniversitário’, funk ‘podridão’,
letras desprezíveis, conteúdo fútil, falta de ética e caráter, consumismo,
dinheiro, fama, mediocridade, são condicionantes da sociedade burguesa, que
transforma as pessoas em ‘escravos alienados’ da realidade imposta pelo modo de
produção capitalista.
Procure músicas de qualidade que geralmente não
são tocadas em massa e que podem possuir uma qualidade única onde sua mente com
certeza será aberta a novas possibilidades e caminhos a serem trilhados. É
preciso pesquisar por novos artistas e gêneros musicais, agregando valores e
novas características, contrastando em qualidade, libertação e muito mais
conhecimento. É preciso ter conteúdo e visão de mundo, aplicando diariamente
novas experiências e continuidades pertinentes.
O que condiz ao ‘lixo’ fonográfico e a poluição
sonora, canções sem conteúdo, sem ‘letra’, sem instrumental, sem poesia, sem
‘sentido’, permeado por uma classe, cheia de ‘valores’, prescrita por alguém,
referenciada a algo, carregada de pensamentos e ideias. Cultura? O que é
cultura de massa? Música de massa? Condiz a uma ideia ou movimento? Ao lucro,
ao mercado? Ao consumo de conteúdo irracional? Adepto da violência imposta por
nosso ‘podre’ sistema.
REFERÊNCIAS
LETRAS. https://www.letras.mus.br/simone-mendes/dois-tristes/. 2024.
SPOTIFY. https://open.spotify.com/intl-pt. 2024.
YOUTUBE. https://www.youtube.com/watch?v=HWWQ48SrQvE. 2024.
Excelente!!! Parabéns pelo trabalho, ficou incrível esse blog 👏👏👏
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