TARIFAÇO E GUERRA COMERCIAL

TARIFAÇO E GUERRA COMERCIAL

L. H. MICHELATO (2025) https://www.amazon.com/author/luizhenriquemichelato

O grande arquiteto do universo representa algo imaginário e metafísico, a partir da razão e das ações humanas, o que consiste no poder e na crença em Deus, permeado pela contradição e pela ordem, que por sua vez prevalece em benefício de um seleto grupo ou conglomerado. Os benfeitores da humanidade, os tensionadores da ordem, a doutrina e a propriedade, são criações humanas que não obedecem aos preceitos a que são destinadas, entregues à fortuna, ambição e intrigas. Qual é o ideário que prevalece e que domina? A cidadania e a justiça realmente existem? São questões pertinentes e que devem ser problematizadas. O ser humano alimenta seu próprio ego através da ganância e de uma forma desenfreada de consumo, o levando à beira do abismo e de uma sobrevivência estapafúrdia, causando prejuízos incomensuráveis em seu próprio ser. O que dizer sobre os prognósticos e a inabilidade de alguns? É preciso sobremaneira avaliar e analisar as variáveis e causas identificadas, pois uma economia voltada puramente ao consumo, lucro e privilégios consagra certas corveias que se afundam nelas mesmas. As aberrações que são cometidas e os disparates contra nós mesmos consistem em uma situação amplamente catastrófica e ambivalente. Entretanto, à medida que vivemos, devemos evoluir para que não haja estagnação e arrocho das ideias e posições empíricas.

Como resolver os problemas da sociedade em pleno século 21? A miséria humana o desqualifica, rebaixando-o em si mesmo, o que porventura retrata sua existência incipiente, minúscula e desprezível, a ponto de impor a si mesmo a sua insignificância e desprazer propriamente, causado ao se submeter à inércia, dinheiro, obediência, indignidade, imoralidade e subversão dos próprios valores, aprisionando-o em seus próprios vícios, causalidades, fama e prestígio, que são constituídos por meio do status social. O derramamento de sangue e o aprisionamento são desnecessários, quando as tarefas humanas são obrigatoriamente e necessariamente solucionadas de maneira séria e profissional, ou seja, a contemporaneidade precisa respeitar determinados preceitos para que os erros sejam reduzidos ou eliminados. A garantia da ordem ou o caos social estão imbricados na pujante realidade social, que alcança patamares alarmantes quando são pensadas pelo teor da racionalidade e da dialética, imprescindíveis à evolução da sociedade. Qual é a função da economia política diante das conjunturais expressões da questão social? Um salário irrisório e um sistema à bancarrota representam nosso fracasso enquanto sociedade, considerando o fato de estarmos em pleno século 21 e repleto de ferramentas capazes de propor qualidade de vida e saúde de forma satisfatória e aceitável, uma vez que a relação entre clima, produção e consumo não merece ser esquecida ou jogada para debaixo do tapete.

A socialização, a emancipação e o protagonismo social somente ocorrem quando sua posição é medida pelos antagonismos e demais aquisições sociais. O que é trabalho? Uma forma de interação na qual os sujeitos estão submetidos ao regramento das ordens. O que o ser humano precisa para viver? Quais são suas necessidades? Produção, consumo, fetiche e serventia! Ao discorrer de maneira profética e que se fundamenta pelo intenso labor e pesquisa técnico/científica e filosófica/literária, é possível avaliar os paradigmas, as passagens e escrituras historiográficas, que retratam as contradições e antagonismos que tendem a tumultuar o debate qualificado de ideias e retóricas, apresentadas de forma ambígua e multiforme, quando não há aprofundamento acerca dos objetivos necessários e que construam estratégias para solucionar os problemas do povo. Assim sendo, somos escravos espoliados de nossas virtudes e oportunidades, relegados à exploração, à calúnia e à injúria cotidiana e irracional. Existe um paralelo complexo entre corrupção e o que fomenta a engrenagem, o que necessita ser enaltecido, pois tais aspectos convulsionam exacerbadamente as relações sociais e econômicas de produção.

Espaços de lazer são subutilizados quando condicionados a interesses meramente financeiros. Qual a conclusão a que chegamos, além de um mundo aprofundado em vícios, matéria, poder, dinheiro e subordinação? A razão da vida além das aparências ou uma existência submetida ao dinheiro, ao lucro, à mediocridade e à subordinação. Um entre ser e dever ser da vida ou uma maneira errada e costumeira, uma vida baseada na mentira e em vícios, aprofundada em poder, consumo, extorsão, cinismo, mentira e falsidade. Quais são as verdadeiras e reais necessidades humanas? Dieta saudável, segurança alimentar, movimento, atividade física, trabalho digno livremente associado, estudo, relação oferta/procura, lazer e interação social, subordinadas a interesses meramente econômicos e fundamentados em lucro e na miséria humana, pois as necessidades são criadas para que o consumo seja alavancado, gerando poder e dinheiro para alguns em detrimento de outros. Enfim, nossa experiência neste mundo precisa melhorar e evoluir, pois fomos destituídos de nossas reais virtudes e capacidades, que foram limitadas pelo estabelecimento das classes sociais e pelas injustas relações de trabalho e por falta de expertise e bom senso. Nesse sentido, a escravidão contemporânea e pós-moderna deve ser abolida para que os sujeitos possam genuinamente emancipar-se e descobrir plenamente suas capacidades e potencialidades.

REFERÊNCIAS

AURÉLIO, M.  Meditações. Barueri: Camelot Editora, 2021.

BÍBLIA SAGRADA. Editora Canção Nova, 2011.

EPÍTETO. A arte de viver. Barueri: Camelot Editora, 2021.

HOBBES, T. Leviatã ou matéria, forma e poder de um estado eclesiástico e civil. São Paulo: Martin Claret, 2014.

PROUDHON, P. J. A Propriedade é um roubo e outros escritos anarquistas. Porto Alegre: L&PM, 1997.

SCHOPENHAUER, A. A arte de ter razão e a sabedoria da vida. Barueri: Camelot Editora, 2023.

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