O TRABALHO DO ASSISTENTE SOCIAL NO CRAS
O TRABALHO DO ASSISTENTE SOCIAL NO CRAS
LUIZ HENRIQUE MICHELATO
ASSISTENTE SOCIAL - CRESS/PR 10830
JANDAIA DO SUL/PR, BRASIL - 02 DE OUTUBRO DE 2024
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1 INTRODUÇÃO
Este trabalho
apresenta os desafios e problemáticas em torno da atuação do Assistente Social
no Centro de Referência de Assistência Social (CRAS) em relação ao importante
Trabalho Social no âmbito do Serviço de Proteção e Atendimento Integral às
Famílias (PAIF). O trabalho da Equipe Técnica composta por Assistente Social e
Psicólogo se realiza no território de abrangência onde se encontram as famílias
e indivíduos em situação de risco e vulnerabilidade social, variando de acordo
com as demandas que são postas cotidianamente aos profissionais, considerando
traços econômicos, sociais, culturais, ideológicos e políticos. Neste sentido,
torna-se fundamental discutir questões pertinentes ao Trabalho Social realizado
pelo CRAS, enaltecendo o processo de autonomia e emancipação dos usuários do
Sistema Único de Assistência Social (SUAS), bem como a autonomia profissional
do Assistente Social em realizar o processo de viabilização de direitos.
2 OBJETIVOS
O objetivo deste trabalho é discutir o cotidiano profissional do Assistente Social que atua no CRAS e o impacto deste trabalho na vida dos usuários dos serviços ofertados pelo PAIF, considerando o trabalho do Assistente Social enquanto profissional de luta e que sofre com os rebatimentos da ofensiva capitalista neoliberal que atordoa o trabalho da Equipe Técnica em relação ao acesso aos direitos sociais legalmente instituídos pela Constituição Federal de 1988, normativas do SUAS e o Código de Ética do Assistente Social.
3 MÉTODOS
O presente trabalho foi desenvolvido através da prática profissional
cotidiana do autor, apresentando análises circundantes que permeiam o Trabalho
Social da Equipe Técnica em relação ao acesso aos direitos sociais pelos
usuários do CRAS. Trata-se de um trabalho árduo e que condensa lutas dos
profissionais do SUAS em atender diariamente famílias e indivíduos em situação
de risco e vulnerabilidade social, excluídos e marginalizados do modo de
produção capitalista. São demandas postas pelo capital e que se apresentam
cotidianamente aos trabalhadores do SUAS, necessitando de uma frequente e
crucial análise, constante qualificação profissional e de educação permanente
desses trabalhadores, tendo em vista a imprescindível qualidade dos serviços a
serem ofertados para a população empobrecida e a mercê da caridade alheia. Este
trabalho trata-se de uma reflexão teórica e de um relato de experiência
ampliado sobre os afazeres cotidianos do autor no âmbito do PAIF, fundamentado
pelo materialismo histórico-dialético imbricado a tradição marxista e pela
abordagem histórico-crítica libertária.
4 RESULTADOS
Os desafios
postos se colocam acerca da proposta de autonomia, emancipação e protagonismo
dos usuários atendidos e acompanhados pelo PAIF, ressaltando sobre a
precarização dos serviços e da profunda desprofissionalização que perturba o
essencial Trabalho Social da Equipe Técnica, imbricando-se entre o caráter
‘politiqueiro’ e de construção e efetivação de políticas públicas e dos
direitos sociais dos povos ‘massacrados’ pelo sistema capitalista. Considera-se
o constante desgaste profissional de quem atua de forma crítica perante as
mazelas e expressões da questão social, com chefias e gestões submissas a
interesses divergentes e deturpados que destoam do estabelecimento do Estado
Democrático de Direito. São desafios e obstáculos que se desdobram no dia-a-dia
de trabalho do Assistente Social do CRAS, que sofre persistentes
discriminações, retaliações, perseguições e represálias, culminando em
problemas relativos a sua saúde mental e que impactam negativamente na
qualidade do serviço ofertado. Em consonância a tais situações típicas e
históricas contra quem atua de forma crítica, cabe a citação do autor Faoro
(2001, p. 15) “Entre o rei e os súditos não há intermediários: um comanda e
todos obedecem. A recalcitrância contra a palavra suprema se chamará traição,
rebeldia à vontade que toma as deliberações superiores”.
5 CONCLUSÃO
O PAIF é um serviço essencial e de extrema relevância para a população em
situação de pobreza e extrema-pobreza, devendo ser realizado de forma séria,
ética, técnica e profissional, com autonomia e oportunidades de realização
deste trabalho. Ao Assistente Social e a Equipe Técnica, é crucial que seja
respeitada sua autonomia profissional em vista da realização do Trabalho Social
de garantia e efetivação de direitos. O SUAS é um sistema que considera o ser
humano em suas dificuldades, habilidades e potencialidades, permitindo que
estratégias sejam criadas e propostas coletivamente.
6 REFERÊNCIAS
BRASIL. Conselho Federal de Serviço Social (CFESS). Código de Ética do Assistente Social: Lei
8662/93. Disponível em: 2024. https://www.cfess.org.br/arquivos/CEP_CFESS-SITE.pdf. Acesso em:
BRASIL. Constituição
da República Federativa do Brasil de 1988. Disponível em: https://www.planalto.gov.br/ccivil_03/constituicao/constituicao.htm. Acesso em: 17 julho 2024.
BRASIL. Ministério do Desenvolvimento Social e Combate à
Fome. Orientações Técnicas sobre o PAIF:
Volume 2. Disponível em: https://www.mds.gov.br/webarquivos/publicacao/assistencia_social/Cadernos/Orientacoes_PAIF_2.pdf. Acesso em: 17 julho 2024.
FAORO, R. Os
Donos do Poder: Formação do patronato
político brasileiro. 3.a edição, revista, GLOBO, 2001.
TRABALHO PUBLICADO NO 8º CONGRESSO PARANAENSE DE ASSISTENTES SOCIAIS (CPAS) CFESS/CRESS E UNIVERSIDADE ESTADUAL DE LONDRINA (UEL) SET/OUT. 2024. FORTALECEÇA ESSA CAUSA 43991707198 - luizhenriquemichelato@gmail.com
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