TERRITÓRIO E VIOLAÇÃO DE DIREITOS

 

 

TERRITÓRIO E VIOLAÇÃO DE DIREITOS

 

Luiz Henrique Michelato

Escritor e Poeta

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Jandaia do Sul, PR, Brasil

11 de setembro de 2024

 

É preciso compreender as dimensões e as diferenças presentes no Território, enquanto conceito baseado nas relações de poder que se funda neste importante espaço. Intervenções participativas podem ser eficazes se forem trabalhadas junto à população, avaliando os aspectos em torno da formação socioespacial, em sua faceta restrita e ampliada. A organização é importante quando se busca a solução dos problemas que afetam e prejudicam as relações sociais, havendo falta de acesso à vários recursos e serviços essenciais para a vida em sociedade, sobretudo em considerar a saúde pública e o bem-estar da população. O Estado em sua concepção ampliada e orgânica se utiliza de seu aparato ideológico para manter a ordem burguesa de produção. As relações de poder que são propostas pelos indivíduos que compõem o ‘patronato político brasileiro’, não deseja a melhoria da sociedade em todos os significados possíveis.

O território onde vivemos, trabalhamos e sustentamos nossas famílias, deve ser aprazível e adequado, favorecendo o pleno acesso dos sujeitos aos serviços sociais cruciais ao bem-estar do povo. As relações de poder devem ser substituídas por ações pautadas na troca entre os produtores livremente associados, permitindo que os seres humanos evoluam e possam construir conjuntamente uma sociedade mais organizada, autogestionada e justa socialmente em todos os aspectos. A Constituição precisa ser respeitada para que a violação de direitos seja eliminada.

A pobreza pode ser definida como algo estrutural e globalizado, estando presente em praticamente todos os continentes e locais onde prevalece as relações de poder e a luta de classes, havendo uma classe composta por um número irrisório de pessoas que controlam e articulam seus sistemas de poder, resultante de uma ação deliberada, segundo Milton Santos (2005). Ocorre um processo de fragilização do serviço de proteção social que deve ser ofertado pelo Estado, enquanto componente atribuído em defender os interesses plenos dos cidadãos, no entanto, o que prevalece convém somente para alimentar os interesses de uma classe de ‘parasitas’ que não querem o desenvolvimento e progresso da sociedade.

A globalização que ocorre em tempos atuais, se desloca através do tempo, carregando vários aspectos e processos que envolvem uma ampla capacidade de conceitos e abordagens, perpassando novas combinações de espaço-tempo, nos termos de Hall (2006). Em escala global o mundo se conecta e se relaciona, trazendo à tona questões pertinentes a uma sociabilidade sadia, democrática e voltada para o bem comum, contrastando com interesses desprezíveis que poluem e degradam a classe dominante elitizada e representada numa decadência cínica e fugaz.

Podem ser considerados biltres e safardanas, os que concluem de maneira sórdida e avarenta, que a sociedade caótica e cataclísmica que tentamos sobreviver, com intensa poluição e violência que são impostas pela burguesia, que não se esforça suficientemente para resolver os problemas mais latentes da população empobrecida e marginalizada pelo sistema de produção que vigora há séculos no mundo e que deve ser modificado por um sistema justo de produção entre os indivíduos organizados de acordo com suas capacidades, potencialidades, vontades e anseios, livres para produzir bens e serviços que busquem o bem comum da coletividade.

Nestes termos, é possível concluir que o capitalismo neoliberal deve ser abolido em caráter de urgência pela classe trabalhadora devidamente emancipada e organizada em prol de um ideal democrático e justo socialmente, eliminando deliberadamente as mais profundas desigualdades e injustiças sociais no tocante as mais variadas formas de exclusão social e marginalização de nosso povo, que sofre para sobreviver com os mínimos sociais e que são tratados como ‘animais’ e ‘bichos’ pela classe dominante que os considera como sujeitos que não se esforçaram suficientemente para alcançar algum lugar que lhe dê status e uma forma supérflua e miserável de se viver, colocando a classe trabalhadora contra ela mesma por não seguir os ditames impostos pelo modo de produção capitalista, que julga ser a única alternativa viável para população mundial.

 

REFERÊNCIAS

 

HALL, Stuart. A identidade cultural na pós-modernidade. 11 ª ed. Rio de Janeiro: DP&A, 2006.

SANTOS, Milton. Por uma outra globalização: do pensamento único à consciência universal. 12ª ed. Rio de Janeiro: Record, 2005.


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