NOSSO NORTE DO PARANÁ
NOSSO NORTE
DO PARANÁ
Luiz
Henrique Michelato
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Jandaia
do Sul, PR, Brasil
07
de agosto de 2024
Nossa querida Jandaia do Sul
Entre morros e barrancos
Sua história foi construída
Com trabalhadores expulsos
Dessas imensas porções de terras
Nossa cidade foi erguida
Do suor do trabalho
Do calor na testa
As mãos foram calejadas
E o pé sempre vermelho da terra
Somos do Norte do Paraná
Nossa história eu vou contar
Aqui se planta e tudo se colhe
Tem tudo quanto é flor
Na vastidão dos flagelos
Somos explorados de nossas forças
O sol sempre brilha
Mesmo no frio do inverno
Veremos casas e prédios
O broto da terra famélico
No peito sempre haverá bom senso
Do bel prazer mesmo diante da população
Nas avenidas, nos bairros, nas lajes
Alguns foram prontamente advertidos
Com um livro e uma bossa na mão
É possível desfrutar da lamentação
O tom suburbano enlouquece a estratificação
De casa eu vejo o pinheiro em sintonia com o
vento
Tem máquinas a todo vapor
Puxando em escala a produção
Teve acidente estranho
Corroendo nosso povão
Com fogueira no hospital
Fazendo nosso povo passar mal
A energia contagiante das crianças
Fortalece o espírito por um mundo melhor
De forma degradante a situação se apresenta
Fazendo chover em dias raros
Quando forma uma nuvem torrencial
Existe uma maneira da alma ser lavada
Tentando animar o coração
Em Jandaia tudo é transparente
Mesmo com a fumaça que vem da capital
Os dias são incertos
Com pessoas vibrantes se constrói harmonia
A paz e a união se faz todo dia
Temos nossa bela igreja católica
Que romantiza as crenças e os ideais
Subverte-se os valores preestabelecidos
Que culminaram na derrocada de certos bestiais
Nessa terra de solo roxo
Se planta café e ervas medicinais
Houve trabalho com enxada na mão
Contrastando a nobreza e a queima de carvão
Poluindo nossa natureza e o nosso lindo Tibagi
Contracenando com o Congonhas e o rio de Paranagi
Tem mandatário que fica quatro anos
E acha que tá tudo beleza
Nas vilas tem violações de direitos
E outras recompensas
Tem mato alto e trem a noite inteira
Acordando muitos sonhos
Que se fazem em pontos de incerteza
A nata sempre tá presente
Acomodando-se em permanente realeza
Padece o arruinamento da república
Que repousa sob os seres privilegiados
A bandeira da laicidade resplandece
Nosso estado talvez democrático
Garantidor de direitos
Apresente certas nuances
E doutrinas a serem seguidas
Que estabelecem certos pensamentos e opiniões
Perfazendo o laurear e os prêmios
Conquistados por meio de diversas lutas
E enfrentamentos que se fazem presentes
No cotidiano e no rolo compressor
Que atravessam as estradas
E novos trechos coloniais
Não é possível discrepar
De ideias absurdas e obsoletas
Que perpassam nossas vidas
E o processo de ensino-aprendizagem
Fica incompreendido
Considerando o dislate
E novos afazeres incondicionais
Ao mesmo tempo eu vejo o pátrio
Temendo o penedo
Que cedo se coloca a se apresentar
Nas sarjetas eu vejo as indigências
Expostas pelas veias instauradas
Por nosso estado estrutural
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